Com o intuito de aumentar a eficiência financeira da operação, diversas companhias recorrem ao mercado de capitais como uma alternativa de financiamento com uma série de benefícios :
- Melhora do fluxo de caixa;
- Alongamento do prazo da dívida;
- Custo mais competitivo;
- Não depender mais de bancos.
No entanto, muitas vezes surge a dúvida de qual o momento mais adequado para esse tipo de operação. Há dois passos que devem ser levados em consideração: fluxo de caixa e a análise do projeto.
Fluxo de Caixa
Tendo em vista que as operações securitizadas como CRI e CRA são muito vantajosas, também geram um custo para a sua estruturação. Diante disso a empresa precisa ter consciência disso e não deixar para recorrer a esses meios apenas quando a operação estiver em risco. Além disso, funciona como um suporte ao fluxo de caixa da empresa que poderá ser alimentado com a operação, não sendo vista apenas como meios de expansão.
Esse meio se faz de crucial importância principalmente para empresas do ramo imobiliário, onde é comum que a empresa esteja em uma fase de massivos investimentos e consumindo caixa em uma velocidade acelerada, uma vez que ter mais recursos à disposição será uma vantagem competitiva nesse momento.
Análise do Projeto
Nessa fase é importante ter em mente que o sucesso da operação estará muito conciso na ordem que a empresa tiver uma carteira de recebíveis robusta e/ ou garantias reais que possam ser deixadas de garantia, assim sendo possível estruturar uma operação saudável e com custos competitivos.
Vale ressaltar que é normal ocorrer o seguinte equívoco, muitas incorporadoras acreditam que só podem buscar operações voltadas para a antecipação de recebíveis quando a construção da obra está em fase avançada. Destarte, assim como ressaltado acima, o importante para a operação é que a empresa possua uma carteira de recebíveis avantajada.Outra ocasião interessante para esse movimento é na hora que a estrutura financeira da empresa busca maior eficiência. Mesmo que a companhia já tenha contratado outras linhas bancárias e por isso possua pouca necessidade de caixa, é possível melhorar os custos com esses financiamentos com a opção de créditos estruturados e o cancelamento de créditos mais caros.
Como funciona uma securitização?
A securitização surgiu em um momento de mudanças com foco em estimular o mercado e impulsionar a economia principalmente os setores imobiliários e agrícolas com operações puras de CRI e CRA. Assim, a securitização é uma alternativa que está cada vez mais ganhando espaço no mercado por ser uma operação que beneficia ambos os lados, a empresa que recorre a ele, uma vez viabilizando a operação, e do investidor que recebe juros mensais pelo investimento feito.
Mas o que seria a securitização? E quais seriam os passos dessa operação? A seguir vamos detalhar um pouco cada ponto.
O que é securitização?
A securitização é uma forma de financiar recursos por meio do mercado de capitais, diferente dos produtos tradicionais oferecidos pelos bancos comerciais. Com isso, o empreendedor antecipa os valores que receberia dos seus clientes a cada mês e levanta o montante desse capital a valor presente.
Há três protagonistas necessários para que a operação aconteça:
- A Mont Saint que irá atuar como join runner e fazer o intermédio entre empresa e investidor, além de estruturar a operação;
- Securitizadora, empresa autorizada pelos órgãos reguladores que irá reunir e organizar toda a documentação necessária para o processo legal;
- Investidor(es), uma vez que poderá ser um ou mais, onde iram disponibilizar os recursos da operação. Ele no caso estará assumindo o risco da dívida e, por isso, recebe uma remuneração, sendo esses juros definidos em contrato.
Esse tipo de operação sempre será moldada por nos a quatro mãos, tendo em vista as necessidades de equilibro de caixa da companhia e sua capacidade de pagamento, regulando assim seu nível de alavancagem ideal.
O grande diferencial desse tipo de operação em relação aos empréstimos tradicionais oferecidos para capital de giro é que o pagamento da dívida é feito conforme o fluxo de recebimentos do empreendimento, o que significa mais prazo em relação ao primeiro.
Vale lembrar também que os bancos comerciais não levam em conta o prazo da carteira de clientes e o tempo de maturação do projeto o que resulta em muitas vezes na necessidade de pagamento desse empréstimo tradicional antes mesmo da empresa conseguir captar retorno do seu investimento. Enquanto as operações securitizadas transformam os valores que a empresa tem a receber em títulos, que serão vendidos aos investidores institucionais.
Passo a Passo para a Securitização
Finalmente chegamos ao momento de entender como esse processo funciona, iremos abordar do ponto zero até o momento em que o dinheiro cai na conta da empresa. É importante destacar que cada operação é única, seja pelo seu veículo de estruturação, seja por suas garantias, cada empresa também adota o seu método de preferencia de como trabalhar, mas há alguns passos que são fundamentais em todo e qualquer processo de securitização, dessa forma são etapas fundamentais e acabam se repetindo de alguma forma em qualquer operação de securitização. Iremos abordar o jeito que trabalhamos na Mont Saint.
- Conhecendo a empresa
Esse é o momento para entendermos melhor o cliente, saber como funciona sua operação, perfil do cliente, qual o valor que ele espera levantar com a operação, como vai utilizar esse dinheiro, entre outros pontos relevantes.
Além da conversa será necessário a empresa nos mandar alguns documentos jurídicos e financeiros, para que possamos examinar melhor o que poderá ser feito e analisar sua capacidade de alavancagem. Nesse momento quanto mais detalhes, melhor! Até a mais simples informação pode fazer diferença durante o desenvolver da operação.
- Busca por investidores
Após analisados os balanços, fluxo futuro da carteira e o comportamento histórico das informações que nos forem passadas, nos iremos estruturar a operação e em quais condições ela poderá ocorrer.
Essa fase é uma das mais importantes, pois a partir dela será possível dar inicio a busca por investidores interessados em participar da operação.
- Proposta aceita
Após encontrarmos investidores interessados na operação, está na hora da empresa formalizar essa intenção de realizar a operação por meio de um documento de Mandato. Nele haverá uma proposta formal da operação e todos os detalhes dela.
No geral, você encontrará informações como:
– Tipo de Operação;
– Quais as garantias;
– Valor estimado de emissão;
– Liberação do recurso;
– Prazo da operação;
– Custos da Operação;
– Diversas outras informações sobre a operação.
Vale lembrar que esse produto é totalmente moldado para atender as necessidades da empresa emissora, portanto esse documento explica como ele será.
Nos entendemos que para as empresas que estão menos habituadas com tipo de operação essa etapa pode gerar muitas dúvidas e incertezas, nos valorizamos ao máximo a transparência e estamos sempre aqui para tirar as dúvidas de cada detalhe.
- Auditoria financeira e jurídica
Depois de iniciada a proposta, inicia-se a etapa de auditoria – também conhecida como due dilligence. Nesse momento a auditoria é feita em relação ao ponto de vista financeiro e jurídico da empresa. Não é obrigatório ter a carteira auditada desde o lançamento, no entanto, quando isso ocorre, é mais palpável estimar com assertividade qual o volume a ser liquidado e captado para a operação.
- Assinatura dos documentos
Finalmente vencida a fase de due dilligence, chega o momento da elaboração e assinatura dos documentos da operação, tais como:
- Contrato de Cessão;
- Termo de Securitização;
- Instrumentos de Garantia.
Não precisa se preocupar com a parte burocrática, nós levaremos os contratos a serem assinados até você e nos encarregamos pelos demais trâmites.
- Dinheiro na conta
O momento em que o dinheiro cai na conta da empresa é chamado de integralização, o tão esperado momento em que o dinheiro captado pelos títulos emitidos e comprados pelo investidor é enfim disponibilizado.
Portanto, essas foram algumas das informações sobre os processos de securitização, suas vantagens e como ele funciona. Talvez agora seja o momento ideal para recorrer a esse tipo de financiamento. Para isso e para o que precisar, conte conosco, Mont Saint.
Tainah Benevides
Institucional
Fone.: +55 85 3055-3058