Empresas familiares são predominantes mundialmente. Resultados de diversas pesquisas as apontam como sendo mais valiosas do que as empresas não familiares, chegando a um terço das organizações listadas na Fortune 500. No Brasil, são responsáveis por cerca de 80% do PIB, segundo a escola de negócios do Insper.
Desenvolver atividades como estrutura de capital, Governança corporativa e Auditoria, são os primeiros passos para uma empresa familiar adquirir uma gestão profissionalizada com a proteção dos interesses da família, dos gestores e dos investidores.
Gestão estratégica
“Você tem uma ideia e a transforma em realidade – esse é o jeito familiar.” Jette Egelund
Todavia, constantemente, as empresas familiares são entendidas como organizações de pequeno e médio porte, e raramente associadas às melhores práticas de gestão. Isso exige uma mudança de foco do líder da empresa, priorizando o médio e longo prazo ao invés do curto, na maioria dos casos, um movimento difícil para as empresas familiares.
A transição de gerações é apenas um dos problemas de uma questão ainda mais ampla. O fator mais desafiador se apresenta entre dois pontos: ter um plano estratégico que conecte a real situação do negócio com a visão que é desejada para essa empresa no longo prazo. É preciso haver transparência em relação a essa visão de longo prazo e garantir que seja concretizada de maneira coerente é essencial. Sendo fatores interdependentes: um não existe sem o outro.
Para simplificar, não há um plano estratégico para além dos próximos 12 meses que corresponda a uma visão de 5 ou até 10 anos onde a empresa queira estar. Isso é chamado de “elo perdido”, motivo que faz com que muitas empresas familiares não concretizem em sucesso sustentável suas promessas iniciais.
Essa dificuldade em perceber a atual situação da empresa e a necessidade de melhorias para alcançar a visão de longo prazo dos seus líderes gera um gap estratégico, gerando riscos significativos. Com isso, a resistência a mudanças significativas e a resiliência das empresas familiares a áreas relacionadas como tecnologia digital, globalização e sucessão, expõe toda sua operação, tendo em vista um cenário de constantes mudanças, onde se não acompanhadas pode levar a empresa para fora do mercado.
Apesar da longevidade extraordinária de algumas empresas familiares, a vida média no segmento é de três gerações. Em geral, segundo o estudo sobre práticas de gestão realizado pela National Bureau of Economic Research Family Business Alliance, apenas 12% vão além disso, e as empresas que passam de quatro gerações representam apenas 3% do total. Em alguns casos, abrir mão de parte/total do negócio por meio de um M&A é uma escolha consciente e um sinal de sucesso. Da mesma forma, não sobreviver à transição de gerações pode indicar que a empresa falhou na realização de suas ambições de longo prazo.
Para um bom processo de longevidade para essa empresa um M&A nesse caso é recomendado. Por meio de uma operação estruturada de de sell side para que outra empresa que esteja no mercado aumente sua estrutura adquirindo essa empresa familiar.
Crescimento e globalização
“Chegamos onde estamos sendo bastante flexíveis e empreendedores…” Dato’Roslan
Aproveitando o cenário econômico de baixa taxa de juros, várias empresas brasileiras estão planejando crescer de maneira rápida e agressiva. Embora, a nossa experiência com essas empresas sugere que são poucas as que consegue concretizar esse crescimento ambicioso, muitas vezes pelo problema mais simples: financiamento.
Grande parte dessas empresas tem dificuldade em desenvolver ou até mesmo encontrar suas habilidades que precisam ser desenvolvidas para isso, por exemplo, auditoria externa.
Outro tema comum é o crescimento por meio da diversificação. Muitas empresas têm ambição de contratar profissionais de fora da família e lançar novos empreendimentos, mas a maioria continua se apoiando em seus principais produtos/serviços, centralizando toda a empresa a apenas uma dimensão de negócio, deixando-a mais vulnerável.
Algumas empresas de capital aberto se saem bem nesse exercício sobre o futuro (e possuem recursos dedicados só a isso); as empresas familiares geralmente não se saem (e não tem recursos).
O setor precisa desenvolver essa mentalidade de médio e longo prazo para poder se planejar e ter como financiar e concretizar as ambições para a empresa, acompanhando os movimentos de mercado e tendências globais. Sobretudo em relação a desafios como a digitalização, uma vez que possa ser exigido um investimento alto, não apropriado e mais difícil de ser conseguido em bancos comerciais, além de exigir as competências certas para que esse investimento gere ou supere o retorno esperado.
Portanto, seja em relação ao crescimento ou à diversificação, uma mensagem fica clara: as empresas familiares têm grandes ambições e precisam de um planejamento estratégico sólido para realizá-la plenamente. Com isso, a Mont Saint auxilia e orienta essas empresas para que consigam concretizar seu crescimento agressivo e aumento do seu faturamento, traz soluções pela tomada de dívida no mercado, M&A ou IPO.
Financiando o crescimento
Muitas empresas familiares brasileiras preferem crescer empregando capital próprio. Alguns optam deliberadamente por essa opção, pois preferem se financiar a depender de bancos ou investidores externos. No entanto essa opção representa um risco real: se algo der errado toda a riqueza da família está em risco, e também o negócio.
No entanto, usar os próprios recursos nem sempre é uma escolha deliberada. Muitas empresas familiares são forçadas a fazê-lo, porque não têm acesso a outro tipo de financiamento. Novamente, um planejamento estratégico robusto ajuda as empresas familiares a viabilizar seu crescimento futuro, desenvolvendo uma estrutura de capital ótima para a empresa alcançar o financiamento necessário para desfrutar das oportunidades futuras.
Obviamente, optar pelo endividamento para financiar as atividades da empresa também apresenta riscos. Dessa forma a Mont Saint tem o intuito de preparar a empresa para um nível de alavancagem seguro e levar a empresa para fazer essa captação a mercado, seja pela emissão de títulos de dívida, seja por investidores estratégicos.
Nossos especialistas em mercados de capitais podem fornecer o apoio operacional, técnico e financeiro do que você precisar para ter sucesso com a sua empresa, hoje e sempre.
O que a Mont Saint pode fazer por você?
Para uma oferta de dívida como opção de financiamento:
- Assessoria no esboço das seções financeiras do memorando de oferta;
- Estruturação sobre a emissão de títulos;
- Assessoria para a estruturação de operações de financiamento corporativo;
- captação de recursos destinados a financiar investimentos;
- obtenção de linhas de financiamento para aquisição de empresas;
- securitizações e empréstimos sindicalizados;
- Roadshow
Abertura de Capital como forma de fomento por meio do mercado de capitais:
- Gerenciando follow-on e captações secundárias.
- Apoiando atividades de fusões e aquisições transnacionais no que se refere aos aspectos relativos aos mercados de capitais.
- Gerenciando os novos requisitos regulatórios e exigências de prestação de informações de uma empresa aberta.
- Entendendo como atender às expectativas de mercado e analisando as tendências de mercado.
- Gerenciando a reputação corporativa por meio da comunicação com investidores, analistas de mercado e a mídia.
- Melhorando a governança corporativa, a transparência e os controles internos.
Tainah Benevides
Institucional
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