Líderes globais usam a inovação como estratégia de crescimento, para responderem à crescente demanda dos consumidores de classe média nos países emergentes, eles desenvolvem produtos e serviços destinados para esse público, enquanto tenta suprir as necessidades dos consumidores de mercados mais maduros.
De maneira paralela, a inovação é o principal motor de crescimento e de geração de valor para as empresas, aliado a isso há uma correlação direta entre a excelência nessa atividade e a aceleração do crescimento dessas empresas. Segundo a PWC Brasil, as empresas que procuram expandir de maneira inovadora conseguem fazer isso até 16% mais rápido do que empresas mais conservadoras.
Movimento semelhante acontece no Brasil por meio das fusões e aquisições, que cada vez mais vem ganhado espaço como estratégia rápida de crescimento. No período até outubro de 2019 foram anunciadas 708 transações, volume 32% superior ao mesmo período de 2018 (538 transações).
A expansão e a interrupção do mercado impulsionam todos os seus setores para a atividade de M&A, onde deve sempre procurar maximizar o valor da empresa durante a operação. Para isso é necessário levar em consideração o cálculo de sinergia, o posicionamento da empresa durante essa operação e se aquele movimento corresponde com a visão dos acionistas para a organização a longo prazo.
Fonte: PWC Brasil.
A partir dos setores vistos nas transações, o setor de TI ganha destaque nas operações de M&A, com 206 transações até o período de outubro de 2019, fato relevante principalmente pelo movimento de digitalização do mercado.
Com isso o impacto que a revolução digital causa nas empresas tem sido especialmente forte pela sua relação com soluções simples e sua capacidade de reunir e processar dados em tempo real. Assim, vindo a ser uma exigência do mercado e não mais uma vantagem competitiva como a alguns anos atrás, obrigando as empresas a se adequarem a isso caso queiram permanecer competitivas.
Para isso a inovação disruptiva traz o uso efetivo da tecnologia para desenvolver novos tipos de produtos e serviços, e o mais importante, esse movimento gera novos modelos de negócios com soluções completas. Portanto, vem mudando padrões de trabalho em todo o mundo, elevando a produtividade, resolvendo limitações de trabalho e diminuindo a necessidade de terceirização.
Levanto o empresário a repensar alguns pontos:
- Como a organização irá aplicar o processo de digitalização de maneira inovadora, proporcionando ao cliente uma melhor experiencia?
- A sua empresa possui os elementos necessários para essa digitalização? Sejam em termos operacionais ou financeiros?
- Como é possível se utilizar da digitalização para gerar mais receita?
- Como será financiada essa nova operação?
Destarte, progredir em um ambiente desses exigirá das empresas uma preparação não apenas para desenvolver, implantar e gerir uma estratégia tecnológica. Elas precisaram trabalhar de maneira mais completa afim de terem uma visão mais ampla e traçar planos que ajudem a lidar com os impactos que os avanços tecnológicos trarão para o negócio. Diante disso, a ideia de manter áreas de tecnologia segregadas do resto da organização ficou obsoleta.
Embora as tecnologias móveis, sociais, de dados, nuvem e cibersegurança sejam importantes para todas as empresas, o que mais importa em termos estratégicos varia por indústria. Dessa forma, diversas empresas ao longo de seu movimento de digitalização optam por fazer uma aquisição no setor de TI com uma empresa que faça parte de um segmento complementar do negócio. Uma vez que irá favorecer e proporcionar um maior upside para a organização, gerando mais receita e diminuindo sua vulnerabilidade em meio ao mercado, pois estará descentralizando toda a empresa a apenas uma dimensão de negócio.
Tainah Benevides
Institucional
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