Muito se fala atualmente sobre os possíveis lucros com investimentos em títulos de ações. Com a taxa de juros mais baixa, os títulos públicos, que são ativos financeiros de renda fixa vinculados a empréstimos para o governo, se tornaram menos interessantes que os títulos privados, aqueles vinculados às empresas, uma vez que a relação risco e retorno é diretamente proporcional, ou seja, quanto maior for o risco, maior será o retorno.
Uma vez que o CDI não foi feito para fazer riqueza, foi apenas uma oportunidade que o Brasil apresentou durante anos. Riqueza se constrói na economia real, como em qualquer País desenvolvido. Por meio de operações de M&A, IPO ou operações de crédito estruturado, isso aquece a economia.
Dessa forma, é possível perceber que não é apenas o investidor que sai na vantagem em operações de crédito estruturado, mas principalmente quem emite esses títulos, pois é uma forma de captar recursos e financiar sua empresa. Esse financiamento pode ser usado para a reestruturação da dívida da companhia, para projetos de expansão ou crescimento acelerado.
Após ser tomada a decisão sobre o tipo de financiamento, de acordo com os objetivos da empresa e sua visão de longo prazo, o cliente e o time da Mont Saint consideram algumas alternativas de financiamento para determinar o produto de alavancagem ideal.
Financiamento por Dívida
Se uma empresa decidir emitir dívida, ela poderá ser classificada como empresa high grade ou high yield (Empresas com maior / menor nível de classificação de crédito), e assim a oferta de dívida será classificada como dívida com grau de investimento ou dívida com grau de não investimento. A dívida com grau de investimento possui classificações de bônus de BBB ou superior da Standard & Poor´s (S&P) ou Fitch e / ou Baa3 ou superior da Moody´s. As classificações de grau de investimento sugerem balanços mais fortes e maior capacidade de suportar grandes demandas em saldos de caixa (tesouraria).
Títulos
Os Títulos de dívida corporativa são valores mobiliários emitidos por empresas que buscam captar recursos para financiar seus investimentos e atividades. São eles:
- Debênture;
- CRI/CRA (Certificado de Recebíveis Imobiliários/ Certificado de Recebíveis do Agronegócio).
Um título de dívida é uma forma de garantia emitida como promessa de pagamento de longo prazo de um tomador (fomentador) com vencimento e cupom (PMT e amortizações) específicos. Nosso setor de Debt Capital Markets, por meio de parceiros players de mercado, subscreve uma oferta de títulos adquirindo o valor mobiliário do emissor e revendendo-o a investidores institucionais ou a investidores individuais por meio de uma oferta registrada pela instrução CVM 400 (oferta pública), ou por meio de uma oferta 476 (oferta restrita). A subscrição pode ser avaliada em três modalidades:
- Garantia firme: O tomador da dívida assume o risco e garante a compra do título emitido pela empresa, pagando diretamente a emissora. Ou seja, o risco de aceitação ou não pelo mercado fica por conta do comprador do título;
- Melhores esforços: A Mont Saint compromete-se em apresentar o título aos players de mercado parceiros, mas não se responsabiliza pela compra dos títulos que não foram vendidos. O risco é exclusivo da empresa lançadora dos títulos;
- Garantia residual: A Mont Saint busca instituições financeiras, fundos de investimentos ou investidores profissionais e efetua a captação somente da quantidade de títulos que não foram adquiridas pelo público. O risco é da emissora e do agente intermediário.
EMPRÉSTIMOS
Os empréstimos não são valores mobiliários na perspectiva regulatória do Brasil e, portanto, não há processo de registro na CVM (órgão regulador do sistema financeiro nacional). Os bancos e outros credores sofisticados que concedem empréstimos exigem restrições mais severas (covenants) ao mutuário em comparação com as restrições impostas por um título.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE TÍTULOS E EMPRÉSTIMOS:
- Dívida pré-pagável vs. não pré-pagável: Os empréstimos geralmente podem ser pagos a qualquer momento. Os títulos não são exigíveis por um período de tempo, geralmente de 4 a 5 anos;
- Os títulos usualmente não têm covenants;
- Empréstimos precisam de amortização;
- Títulos de dívida propiciam maiores chances de captação de maior montante de capital;
- Os investidores em títulos geralmente aceitam mais riscos e, portanto, recebem retornos mais altos;
- Os títulos têm vencimentos mais longos, fazendo com que a empresa tenha tempo suficiente para garantir o retorno daquela operação, gerando caixa e capacidade de pagamento da própria dívida.
Tainah Benevides
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