Compliance Impulsionado pela Tecnologia

Em meio ao mercado atual cada vez mais preocupado com a integridade e a confidencialidade, as organizações que conseguem construir sua credibilidade com base nesses pilares têm potencial em desenvolver um melhor relacionamento com o cliente, empregados e demais públicos interessados.

As empresas que respondem as influências externas têm maior probabilidade de entender o valor que a transformação digital pode trazer.  Ajustando as atividades de compliance com essas novas tecnologias é possível impulsionar a vantagem competitiva e a resiliência corporativa, além de diminuir os custos.

Tendo em vista que as interações econômicas e sociais são marcadas por práticas digitais, em consequência, as empresas são guiadas a repensarem seus programas de compliance e ética. Uma vez que para prosseguir com a transformação digital e aproveitar todas as oportunidades que ela oferece, as áreas de compliance precisam implementar novas tecnologias, deixando-os aptos a cada vez mais tomar suas decisões apoiadas em dados, acompanhar a evolução dos temas regulatórios, prever mudanças nos perfis de riscos e planejar o processo de adaptação de uma maneira mais segura e prática.

 

Falhas e danos

Com a abrangência crescente e o ritmo acelerado da transformação digital, os requisitos de conformidade regulatória continuam a evoluir e novas questões estão surgindo a velocidades crescentes. Medidas regulatórias mais severas, crescentes pressões oriundas de movimentos globais, agentes fiscalizadores e delatores (watchdogs), por exemplo, reforçam a importância de uma cultura forte e ética, além de canais internos de denúncias mais transparentes.

Vale lembrar que as falhas de compliance em uma organização levam a danos na reputação, perda de clientes e multas graves. Segundo a Ponemon Institute, em um relatório publicado em 2018, estima-se que os custos oriundos de não conformidades representam 2,7 vezes os custos do cumprimento dos requisitos de compliance, levando em consideração que de 2011 até a publicação do estudo, esse valor cresceu 45%.

O compliance ineficaz é capaz de afetar a saúde geral de uma organização, seja por meio de falhas, uma vez que ocorram incidentes graves que afetem significativamente a reputação da empresa; seja por sobrecargas, onde ainda seriam usados processos manuais, pouco eficazes e que afetam negativamente a experiencia do consumidor e os custos do produto/serviço oferecido.

 

Atividades preditivas e preventivas

As atividades de compliance, diferente do que muitos pensam, não devem ter viés apenas detectivo, e sim promover tarefas preditivas, preventivas e proativas. Em simples palavras, é mais eficaz prevenir falhas do que detectá-las, investigá-las e corrigi-las.

O atraso referente às novas exigências regulatórias é um dos motivos mais comuns das falhas e não-conformidades nas organizações. Assim, utilizar insights, informações de ferramentas de análise do cenário regulatório e bancos de dados de terceiros pode ajudar a antecipar essas tendências. Dessa forma, a disponibilidade de dados em tempo real torna a prevenção, detecção e a correção das violações de compliance mais realistas.

 

Impulsionado pela tecnologia

Portanto, conforme as companhias avançam na transformação digital, tornando os programas de compliance mais competentes, por meio de sistemas de governança, gerenciamento de riscos e compliance (GRC) ao reconhecimento de linguagem natural e a análises avançadas. Assim, ajudando a diminuir as consequências desagradáveis das não conformidades e a assumir riscos de maneira mais precisa.

Portanto, há cinco atitudes que podem auxiliar nesse movimento:

  1. Participar plenamente do plano digital da empresa;
  2. Contratar novos talentos que acompanhem o ritmo de digitalização da organização;
  3. Buscar a forma mais adequada de utilizar as tecnologias emergentes;
  4. Capacitação dos funcionais para responderem aos riscos em tempo real;
  5. Oferecer uma visão consolidada dos riscos.

 

Tainah Benevides

Institucional

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