É fato que o Covid-19 trouxe para o mercado grande impacto e gerou nas empresas a necessidade de medidas de contingencia rápidas e agressivas. No momento, elas estão tentando encontrar um equilíbrio entre preservar a liquidez, acessar o capital e reestruturar suas dívidas, lembrando que tudo isso em um cenário de maior volatilidade.
Alavancas de liquidez
A incerteza em torno do tempo de duração e da gravidade causada pelo Covid-19 obrigou as empresas a reavaliarem seu planejamento e até algumas de suas métricas de contingência, uma vez que esse lockdown gerou movimentos atípicos. Assim, mantendo como prioridade a preservação da liquidez e do fluxo de caixa, para alguns uma maneira prudente de enfrentar essa situação foi a de reavaliar gastos discricionários e distribuições de dividendos aos acionistas como parte do planejamento da política financeira. No S&P 1500, no acumulado do ano, mais de 40 empresas diminuíram dividendos e mais de 40 também suspenderam as recompras de ações.
Destarte, cada decisão tomada precisa ser analisada cuidadosamente, pois deve ser considerado também o impacto que elas poderão ter no futuro perfil competitivo da empresa. Decisões essas como a de continuar investindo, aproveitando o momento do mercado, ou de optar pela preservação do capital por não saber por quanto tempo isso irá perdurar e o que poderá vir pela frente.
Movimentos do Mercado
Os mercados de capital tradicionais, como títulos com grau de investimento e dívida conversível, se fortaleceram materialmente nas últimas semanas, enquanto os mercados de empréstimos de alavancagem e alto rendimento foram abertos recentemente para os negócios.
No entanto, apesar da melhoria das condições do mercado de capitais, as equipes de administração não devem ignorar mercados alternativos e estratégias de monetização, como mercados de capitais privados, estratégias de M&A e as medidas de financiamento recentemente anunciadas pelo Banco Central, que incluem rolamento de dívidas, suspensão de juros por tempo determinado, manutenção de prazos e desburocratização de financiamento e tomada de capital.
O distanciamento social alterou fundamentalmente o comportamento e os gastos dos consumidores, assim, levando o setor de serviços a sofrerem mudanças drásticas. Como resultado desse movimento, empresas de todos os setores estão adequando suas operações as mudanças necessárias para superarem o momento atual incluindo produtos básicos para os consumidores, serviços de internet, delivery e varejo on-line.
Por exemplo, a Moody’s citou a força nos esforços de software, serviços em nuvem, segurança cibernética e transformação digital como principais impulsionadores de uma perspectiva estável para o setor de Tecnologia da Informação Global Diversificada.
As empresas que fornecem bens essenciais, agora a prioridade mais importante do consumidor, poderiam se beneficiar da forte recepção no mercado de capitais. Por exemplo, emissores nesse espaço com forte crédito, como CVS Health e Kimberly-Clark, acessaram facilmente o mercado de dívida na semana passada.
Medidas financeiras
A flexibilidade financeira de curto prazo é crítica durante períodos de volatilidade do mercado. Dessa forma, as empresas emissoras das dívidas devem considerar uma gama de soluções dos mercados de capitais que podem auxiliar a melhorar a atual liquidez da empresa e seu fluxo de caixa. Nesse contexto, é fundamental assegurar a eficácia de toda e qualquer operação de captação de recursos, seja ela realizada por meio da emissão de títulos representativos do capital social, de dívida sênior, subordinada ou de mezaninos.
Todavia, só irá aproveitar essas mudanças estruturais do mercado quem estiver mais apto a acessar esse capital. Desenvolver atividades como Estrutura de Capital, Governança Corporativa e Auditoria são os primeiros passos que uma empresa bem preparada apresenta. Com esses pontos concretizados, a companhia é propensa a ser mais segura e transparente facilitando seu acesso ao mercado de capitais e aumento da sua facilidade em receber investimentos com melhores condições.
No entanto, momentos de recessão revelam empresas que possuem as melhores práticas de gestão e entendemos que grande parte das empresas tem dificuldade em desenvolver ou até mesmo encontrar suas habilidades que precisam ser desenvolvidas para isso. Sem contar que um planejamento adequado alinhado a uma forte linha de gestão e acompanhamento da atual situação da empresa se faz importante para além da capacidade de acessar o mercado de capitais, exigir as competências certas para que o investimento adquirido gere ou supere o retorno esperado.
Em resumo, um planejamento estratégico robusto alinhado a uma gestão concisa e organizada ajuda as empresas nesse momento de recessão a viabilizar seu crescimento futuro, desenvolvendo uma estrutura de capital ótima por meio do financiamento adequado para a empresa superar esse momento e desfrutar das oportunidades futuras.
Obviamente, há algum receio de algumas companhias em optar pelo endividamento para financiar as atividades da empresa, uma vez que também apresenta riscos, muitas vezes advindo da dúvida. Dessa forma a Mont Saint tem o intuito de preparar a empresa para um nível de alavancagem seguro, preparar essa empresa e levar ela para fazer essa captação a mercado, seja pela emissão de títulos de dívida, seja por investidores estratégicos.
Nossos especialistas em mercados de capitais podem fornecer o apoio operacional, técnico e financeiro que você precisar para ter sucesso com a sua empresa, hoje e sempre.
Para uma oferta de dívida como opção de financiamento:
- Assessoria no esboço das seções financeiras do memorando de oferta;
- Estruturação sobre a emissão de títulos;
- Assessoria para a estruturação de operações de financiamento corporativo;
- Captação de recursos destinados a financiar investimentos;
- Obtenção de linhas de financiamento para aquisição de empresas;
- Securitizações e empréstimos sindicalizados;
- Roadshow.
Tainah Benevides
Institucional
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